segunda-feira, 23 de março de 2015

O mundo dá voltas I

Nesse post vou falar um pouquinho do processo da peça que abre a série "Cosmovisão".

Da temática.
A rotação do mundo traz movimento para tudo que nele está. Sentimos sem sentir esse passar do tempo, esse compasso, o redemoinho. Nosso senso estético paira sobre a rotação. Fibonacci representa esse girar, uma definição do belo. A natureza espirala.



Da perspectiva.
Queria representar o mundo girador, e assim escolhi fazê-lo visto de cima. Desta forma, gira no eixo da Terra. Por isso ficaram representados apenas os "reinos do norte" como apontou um amigo. Não se aflija, o Brasil há de aparecer ainda nessa série.

O divino.
Não há como pensar no mundo, na sintonia do Universo, nas proporções de tirar o fôlego, sem refletir sobre o divino. "Pela fé, entendemos que foi o Universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem." (Hb 11:3)

O homem.
Optei por colocar os meridianos no espaço negativo do mosaico. Só depois de rejuntar é que eles realmente apareceram. Esse processo me fala de organização, útil, mas muitas vezes colocar cada coisa no seu quadrado dificulta o fluir, o andamento das coisas. Essa demarcação da rotação precisa se equilibrar com a liquidez da vida.Também pensei sobre nossas estratégias humanas, que fazemos enquanto caminhamos, procurando colocar linhas que não enxergamos enquanto construímos. Só no final é que veremos seu resultado.


  

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